Carta aos navegantes

Olá,
Me chamo Jakeline, tenho 28 anos de idade. Sou formada em Agronomia e estou no  segundo emprego pós formatura. Essa pequena introdução, nem de longe me define.
Graças ao universo glorioso, eu não passei por entrevistas de emprego onde os recrutadores perguntam: como você se definiria? Quais são suas maiores qualidades e defeitos? Certamente se o fizessem eu provavelmente daria "tela azul" e reiniciaria o sistema.
Lembro-me, com certa dificuldade, que em meados de 2010, em um processo seletivo, um professor me fez essas perguntas, eu travei. Felizmente, um outro professor, em tom amigável, disse: a constituição brasileira garante ao cidadão o direito de não criar provas contra si. Respirei aliviada, respondi alguma coisa em tom de brincadeira e desde então venho me safando dessas questões.
Em uma outra situação, me propuseram essa questão novamente, de uma outra maneira que também não me recordo (falta de memória ou memória seletiva poderiam ser citados como defeitos). Enfim, mas o importante foi a conclusão que eu cheguei, eu sou uma colcha de retalhos. Aquelas coloridas, cheia de formas, tecidos diferentes, surrados pelo uso, que vieram de diferentes lugares. Essa sou eu. 
Quem me conhece, vire e mexe se surpreende ou se espanta com um novo pedacinho desconhecido de mim. Devo admitir que muito me agrada causar isso nos desavisados: mas como assim você já viveu lá? Como assim você sabe fazer isso? Mas como assim você nunca me contou sobre isso? Essa é fácil de responder: eu não quis ou eu esqueci.
Dito isso, caro navegante, seja bem vindo ao Recomeço do (Re) começo. Estou voltando a ativa depois de um email recebido de uma leitora e dos apelos do meu namorado.
Você perceberá que aqui não tem fio condutor, ou até exista, mas ainda não sou capaz de definir. Trata-se de uma colcha de retalhos, assuntos, situações, que passam aqui nessa cabeça fervilhante e é claro, muito drama do cotidiano.
2020 é um ano tão emblemático, por que não voltar a escrever?

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