O Pampa gaúcho

Como toda paranaense (pelo menos os que moram no interior), já tinha ouvido falar do “Pampa”, primeiro através das músicas que contavam as peripécias e aventuras dos gaúchos pelos pampas, depois pela literatura pelo livro “O gaúcho” que conta a história de um gaúcho misterioso e corajoso por essas terras pampianas, finalmente nas aulas de biologia que falaram para mim do ponto como um bioma, um dos biomas brasileiros.
Finalmente depois de tantas versões e pontos de vista, vi o pampa através dos meus olhos. Claro que só vi de passagem, enquanto o ônibus rasgava o interior gaúcho todas as histórias, artigos, músicas e textos me vinham a mente.
O pampa tem um relevo não ondulado a levemente ondulado. As cores (não sei se é sempre assim ou só no inverno) são claras, acinzentadas. Nos campos a vegetação é baixa, as arvores não são muito grandes, são retorcidas, venta bastante. O solo é arenoso e claro, bem diferente da minha região onde a terra é argilosa e vermelha. Nos campos haviam muitos cavalos, vacas, ovelhas e incrivelmente até avestruzes eu vi!
Vi também também no caminho algumas minas de exploração de areia para construção civil, lembrei então das aulas de construções rurais quando o professor disse que a areia que vem do mar não é usada para construção por causa das reações químicas que os sais presentes na água do mar provocam. Haviam montanhas de areia, só não entendi porque haviam arroios (pequenos rios) barquinhos cheios de areia, imagino que seja por eles talvez venderem a areia que conseguem, mas não tenho certeza. 
No pampa o horizonte vai longe, é amplo! Venho de uma região montanhosa, onde se olha tem um morro na frente, mata densa e fechada é de esperar que me surpreenda quando viajo para lugares mais amplos, mais abertos, existem até teorias sobre o comportamento das pessoas que nascem e crescem em lugares de horizontes amplos e de horizontes mais fechados, mas não cabe a mim falar sobre. 
Nas minhas andanças, me senti como em um clipe que tinha como fundo essa música: 



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