O dia que eu voltei

Hoje ouvindo algumas músicas diferentes me lembrei do dia em que eu voltei pro Brasil. Duas coisas que me marcaram bastante dentro do avião. Eu entrei tranquilamente, nenhuma lágrima de tristeza ficou no aeroporto de Paris. Sim, eu amo a França mas amo também o Brasil e estava feliz em voltar. Logo que o avião decolou a gente passou por Paris! Entendi finalmente porque a chamam de cidade luz! Foi a melhor de todas as vistas que eu já tive o prazer de ver! Paris toda iluminada, um traçado escuro que cortava a cidade: o rio Sena! O arco do Triunfo de onde partiam doze ruas diferentes, uma delas a Avenida mais famosa do planeta: Champs Elysées! O Sacré Coeur! Notre Dame! E a imponente Torre Eiffel emitindo luz para todas as direções. Posso dizer que a França me deu um Au revoir (até logo) e não um adieu (adeus). Fiquei tão feliz por ter tido esse privilégio!

Quando estava chegando em São Paulo estava ouvindo uma das rádios que a companhia aérea disponibiliza para seus clientes. Coincidentemente uma das músicas clássicas que eu mais gosto estava tocando no momento da chegada! Vivaldi o gênio dos violinos! Todo mundo conhece Vivaldi só não sabe disso. Ele fez uma sequencia de músicas que são as mais conhecidas do público: as quatro estações de Vivaldi, onde cada estação do ano tem sua essência descritas em notas musicais com o protagonismo do violino. O mais interessante é que uma das estações mais alegres (a principio pode-se até discordar disso) das canções que ele fez foi o outono! Mas porque o outono é tão importante que chega a ser alegre? Porque meus pimpolhos é no outono onde se faz  a colheita das lavouras! (Isso falando na agricultura clássica, européia, em algumas regiões do Brasil existem apenas duas estações a seca e a de chuva, onde eu moro as estações são bem definidas e a maioria das frutas são colhidas no outono). Justamente essa canção estava nos meus ouvidos quando eu chegava ao Brasil. Fiquei feliz pela coincidência! Paris cidade luz e a alegria de Vivaldi ao retornar as terras tupiniquins.