Beterraba açucareira
Como você já deve saber na França e em outros países da Europa o açúcar consumido pela população não vem da cana de açúcar como no Brasil: ele vem da beterraba!
Mas como isso é possível? Beterraba para fazer açúcar? Eu nem sabia que beterraba era doce!
Para todas as dúvidas que vão surgir vou explicar aqui algumas coisas sobre isso. Onde eu faço meus estudos na França existe uma grande produção de beterraba açucareira além de um dos maiores empresas de pesquisa em melhoramento, seleção e produção de sementes de beterraba.
Existem três tipos diferentes de beterraba, mesmo que no Brasil a gente só conheça uma: Beterraba açucareira, Beterraba Forrageira e a Beterraba de horta que é a que nós conhecemos.
A história da beterraba açucareira começa já na Idade Média com a descrição das principais variedades, ela era desde essa época utilizada para adoçar pães, bolos entre outros panifícios. Já em 1747 um alemão chamado Andreas Sigismund Marggraf conseguiu extrair pela primeira vez o açúcar da beterraba. Mas foi com o incentivo de Napoleão Bonaparte que em 1811 o francês Benjamin Delessert, assistido por seu chefe de fabricação o químico Jean-Baptiste Quéruel, fez a primeira extração em escala industrial do açúcar da beterraba açucareira.
Também com o incentivo de Napoleão Bonaparte muitos começaram a fazer seleção de sementes para a produção de beterrabas açucareiras, uma das empresas que existem desde essa época a "Florimond Desprez" começou seus experimentos de seleção de variedades de maneira bem rústica: Em caixas cheias de água salgada, diferentes variedades de beterraba eram mergulhadas na água: as que boiavam eram as que tinham um menor teor de açúcar e as que afundavam eram as com boas quantidades de açúcar elas eram depois selecionadas através do método da "Seleção massal".
É óbvio que depois de muitos anos de história a situação hoje é diferente, As novas variedades que são lançadas hoje no mercado são baseadas no sequenciamento genético, o genoma da beterraba já foi todo decodificado e as empresas de seleção de sementes usam essa ferramenta para poder criar variedades mais produtivas.
Na época de Napoleão Bonaparte a produção de açúcar por hectare era de 750 kg (75 gramas / m²) hoje em dia essa produção é de 15 mil kg/hectare (1,5kg / m²). A produção de açúcar aumentou 20 vezes! A taxa de crescimento do melhoramento de beterraba é de 2% ao ano, enquanto que a taxa de crescimento para o melhoramento da cana de açúcar é de 0,5 % ao ano. Atualmente o mercado mundial é dominado pelo açúcar da cana com uma fatia de 80% do mercado enquanto a beterraba abocanha os outros 20 %.
O mercado do açúcar oriundo da beterraba vai se movimentar muito nos próximos anos, isso é devido ao fato das mudanças impostas pela União Européia no que diz respeito a proteção que era dada ao açúcar de beterraba que depois de 2017 não vai mais existir, mas o mercado europeu vai estar pronto para essa mudança apenas em 2020-2022, para poder aguentar a concorrência do açúcar que virá principalmente do Brasil existem grandes investimentos na área de pesquisa para novas variedades de sementes para elevar a produção de beterraba de 100 toneladas por hectare para 150 toneladas/hec.
Mas como isso é possível? Beterraba para fazer açúcar? Eu nem sabia que beterraba era doce!
Para todas as dúvidas que vão surgir vou explicar aqui algumas coisas sobre isso. Onde eu faço meus estudos na França existe uma grande produção de beterraba açucareira além de um dos maiores empresas de pesquisa em melhoramento, seleção e produção de sementes de beterraba.
Existem três tipos diferentes de beterraba, mesmo que no Brasil a gente só conheça uma: Beterraba açucareira, Beterraba Forrageira e a Beterraba de horta que é a que nós conhecemos.
Beterraba açucareira |
Beterraba Forrageira |
Beterraba como nós conhecemos |
A história da beterraba açucareira começa já na Idade Média com a descrição das principais variedades, ela era desde essa época utilizada para adoçar pães, bolos entre outros panifícios. Já em 1747 um alemão chamado Andreas Sigismund Marggraf conseguiu extrair pela primeira vez o açúcar da beterraba. Mas foi com o incentivo de Napoleão Bonaparte que em 1811 o francês Benjamin Delessert, assistido por seu chefe de fabricação o químico Jean-Baptiste Quéruel, fez a primeira extração em escala industrial do açúcar da beterraba açucareira.
Também com o incentivo de Napoleão Bonaparte muitos começaram a fazer seleção de sementes para a produção de beterrabas açucareiras, uma das empresas que existem desde essa época a "Florimond Desprez" começou seus experimentos de seleção de variedades de maneira bem rústica: Em caixas cheias de água salgada, diferentes variedades de beterraba eram mergulhadas na água: as que boiavam eram as que tinham um menor teor de açúcar e as que afundavam eram as com boas quantidades de açúcar elas eram depois selecionadas através do método da "Seleção massal".
É óbvio que depois de muitos anos de história a situação hoje é diferente, As novas variedades que são lançadas hoje no mercado são baseadas no sequenciamento genético, o genoma da beterraba já foi todo decodificado e as empresas de seleção de sementes usam essa ferramenta para poder criar variedades mais produtivas.
Na época de Napoleão Bonaparte a produção de açúcar por hectare era de 750 kg (75 gramas / m²) hoje em dia essa produção é de 15 mil kg/hectare (1,5kg / m²). A produção de açúcar aumentou 20 vezes! A taxa de crescimento do melhoramento de beterraba é de 2% ao ano, enquanto que a taxa de crescimento para o melhoramento da cana de açúcar é de 0,5 % ao ano. Atualmente o mercado mundial é dominado pelo açúcar da cana com uma fatia de 80% do mercado enquanto a beterraba abocanha os outros 20 %.
O mercado do açúcar oriundo da beterraba vai se movimentar muito nos próximos anos, isso é devido ao fato das mudanças impostas pela União Européia no que diz respeito a proteção que era dada ao açúcar de beterraba que depois de 2017 não vai mais existir, mas o mercado europeu vai estar pronto para essa mudança apenas em 2020-2022, para poder aguentar a concorrência do açúcar que virá principalmente do Brasil existem grandes investimentos na área de pesquisa para novas variedades de sementes para elevar a produção de beterraba de 100 toneladas por hectare para 150 toneladas/hec.
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