Crônicas da Tia Jake: Meia suja no aeroporto?

 Em abril deste ano. voltando para o Brasil pelo aeroporto de Casablanca, passei por uma situação vexaminosa para variar um pouco né. Em tempos de pandemia de corona vírus, os aeroportos estão muito mais restritivos e cheios de regras, ao menos fora do Brasil, para garantir que não haja contaminação. 

Para além da questão do corona, quem já viajou para fora do Brasil sabe que nos aeroportos internacionais a questão da segurança é levada muito a sério. Agora imaginem a seguinte situação, eu iria pegar um avião saindo de Casablanca Marrocos e faria uma escala em Paris na França, pois, os voos diretos do Marrocos para o Brasil estavam suspensos a mais de um ano. Justamente no momento em que eu retornaria ao Brasil pela França, os voos entre Marrocos  e França haviam sido suspensos até nova ordem.

Eu já entrei em desespero, liguei para o consulado do Brasil e lá eles me desejaram boa sorte e falaram para eu ficar com Deus. Mandei e-mail para companhia aérea, agência de viagem e finalmente soube que voos como o meu estavam liberados para garantir que os franceses retornassem ao seu país.

Passada essa fase, o medo de ficar presa no aeroporto sem avião já não me assombrava, mentira, assombrava sim, sempre acho que o pior vai acontecer. Por causa da ansiedade do retorno e por outros fatores, não consegui dormir direito, o que não é uma boa ideia as vésperas de uma viagem internacional com voo de quatro horas, mais escala de pelo menos oito horas e mais um voo de doze horas. Mas enfim, a racionalidade é uma coisa o sentir é outra totalmente diferente.

Depois de acordar em Rabat, arrumar as coisas que ainda estavam secando, vestir um roupinha confortável, escolhi calçar um tênis que era pesado já que eu estava contando os kilos da bagagem para não ter que pagar pelo excesso. 

Saí de Rabat de trem, cheguei até a estação central de Casablanca e de lá peguei o trem para o aeroporto. Passei por várias etapas de checagem de passaporte e do teste PCR e finalmente entrei para fazer o check-in. Por muita sorte e precaução entrei cedo na fila do check-in da companhia aérea,  algumas pessoas não estavam com todos os documentos, que eram vários o que fazia com que houvesse um atraso. 

Deu tudo certo comigo, bagagem despachada, vamos lá para a etapa de entrada para área de embarque: passar primeiro pela porta com o bilhete, passaporte e teste PCR, depois passar pela alfândega, depois raio-x. Foi no raio-x que eu passei mais um vexaminho. Na hora de passar, todos tinham que tirar os sapatos e passar só de meia, lembram do meu tênis meio pesado? Eu paguei super barato nele no Marrocos e o preço e a qualidade eram equivalentes. O forro escuro soltava tinta cor de terra na meia e naquele dia infeliz eu estava justamente com meias brancas. Resultado: 


Enfim a vida da classe trabalhadora, nem nos momentos de glamour não deixa de passar uns perrengues.

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